segunda-feira, 10 de junho de 2013

Revirando dores

“Disseste que se tua voz... Tivesse força igual a imensa dor que sentes..... Teu grito acordaria não só a sua casa mas a vizinhança inteiraaaaaa”(Legião Urbana) Existe um preço alto que se paga na sinceridade e na autenticidade.... Não é fácil caminhar no todos os dias e falar o que se pensa. De tanto apanhar aos poucos vamos aprendendo a ficar mais calados e a selecionar as amizades, mesmo assim isso não nos livre de surpresas desagradáveis no meio do caminho e nem de que de repente você seja tomado de uma grande tristeza por ver suas palavras e suas atitudes destorcidas por pessoas que não tem coragem de andar com as próprias pernas. Que constroem suas vidas na sombra do outro, passando pro cima de quem ousa atravessar o caminho que elas traçaram para si. Triste... Ai algumas pessoas acabam saindo da sua vida, mas nunca do seu coração e os anos passam... Passam... E passam... E as palavras que foram ditas e distorcidas permanecem ecoando no tempo, isso faz com que algumas superações não aconteçam. Infelizmente não sei ser diferente. Me chamam de grossa, arrogante , áspera... Que não demonstro sentimentos “suaves”. Talvez porque eu realmente não seja suave, não seja tão doce.... Minha intensidade vai à velocidade daquilo que sinto não daquilo que foi elaborado. Mas o preço da impulsividade vai se pagando com o tempo e com o próprio tempo aprendemos que isso pode matar não somente aos outros mas há nós mesmo. Esses dias senti bem o preço da impulsividade de um amigo na pele... A explosão de uma emoção pode deixar o outro desnorteado, magoado, com milhões de pensamentos e revirando o próprio mundo para se fazer compreender e isso no fim parecer algo em vão: no calor das emoções ninguém ouve ninguém. Perde-se energia, tempo, carinho e a beleza que as coisas tem na sua pureza maior. Passado algumas semanas vendo esse mesmo amigo passar por outra situação de impulsividade, disse a ele que determinados atos impulsivos são piores que muitos feitiços. Certas atitudes nos matam por dentro de tal maneira e com tamanha violência que é difícil e complicado juntar os cacos novamente. Impulsividade e sinceridade excessiva não funcionam. São dois pólos complexos que deixam marcas bem profundas. Hoje, tive a experiência de reviver algo que já estava lá em algum canto guardado dentro de mim adormecido. E ao reviver esses momentos percebi o quanto as coisas ainda são doloridas. E percebi que apesar da sinceridade ser um risco imenso de perdas, ainda prefiro ela, porque me conserva o que tenho de mais puro, mesmo me causando imensas dores, mas também me traz um aprendizado imenso da natureza humana. Prefiro acreditar que o que tem que ser será! Que o tempo se encarrega de colocar as coisas no lugar e que permanecerá na minha vida o que for verdadeiro e sincero. Muitas perdas podem significar muitos ganhos, muitas renovações e muitas bênçãos inesperadas... Fiquem na Luz!