terça-feira, 19 de novembro de 2013

A chuva e Eu

VAbençoados Sejam Mais uma lição aprendida nas minhas andanças... Indo até uma casa de asé buscar uma roupa que foi esquecida, sai de casa com uma leve garoa e enquanto fui a caminho do meu destino a chuva foi engrossando e engrossando até o ponto que eu mal enxergava o que estava a minha frente, era tão difícil ver que fui obrigada a diminuir a velocidade e ir no mínimo com os piscas alertas ligados. Em determinado momento me bateu o desespero porque não tinha como parar o carro e ir adiante parecia loucura: a pista cheia de espelhos d água, carros em marcha lenta, chuva que o limpador de para brisa não dava conta. Foi ai que me dei conta da vida em tempestade... Quando estamos em nossas tempestades emocionais e acabamos quase nos afogando em nós mesmos, nos debatendo e mesmo não enxergando nada não nos resta outra opção senão seguir adiante. Nesse instante é preciso diminuir o ritmo, prestar atenção nos passos dados e ter os sentidos aguçados para tudo o que esta a nossa volta, de forma que possamos não perder a vontade de viver e nem de ir adiante. É difícil encarar as separações e as distancias que o dia a dia vai nos colocando. Nossas tempestades internas são imensas e nem sempre quem esta a nossa volta tem o poder de enxergar isso. Devemos ficar mais atentos nossas palavras e atos matam dia a dia nosso amigo, nosso irmão, nós mesmos. As favelas da alma vão se acumulando e de repente uma tempestade repentina pode por tudo o que temos a perder, porque esquecemos de criar laços e olhar para o lado. No entanto a chuva grossa nos obriga a diminuir o ritmo e nos ensina que a natureza tem o seu próprio ritmo e que respeitar isso é determinante para não se perder no caminho. Dessa forma em momentos de grande turbulência o que nos resta é desacelerar e olhar par dentro de nós mesmos, refletir os erros e acertos e os novos rumos que se pode tomar. Tendo em mente que só temos a opção de dar um passo de cada vez e seguir adiante, estar atento às oportunidades e não desprezar uma mão estendida. A água nos ensina a contornar os obstáculos e a não discutir com eles, pois isso pode ser fatal quando a chuva é forte. Contendo a vida e a morte, optar por um dos lados é uma questão de compreender que vida e a natureza tem um ciclo sábio que nos leva a adquirir sabedoria e força para continuar caminhando rumo a uma evolução que quando dada a partida não tem fim. Cris Gimenez

sábado, 9 de novembro de 2013

O que aprendi com os Urubus..

Abençoados Sejam Hoje lição veio do urubu.... Na linha de rebentação do mar havia um grupo de urubus brigando por um peixe inerte. Após ir e voltar andando na orla da praia e a cena me chamar a atenção parei alguns minutos para observar as aves enfiando o bico na barriga do peixe e puxando as tripas, disputando e brigando por algo que já estava em estado de putrefação. Os urubus limpam. Comem e consomem o que não serve mais, o que é “lixo”. Nós precisamos muitas vezes de urubus em nossa vida. Pessoas que entram e levam com ela outros “lixos” que nos rodeiam. Precisamos reciclar, morrer para renascer. Ousar entrar na escuridão para que a luz seja realmente um estado de “lucidez” em nossa existência. Esses pássaros que muitos têm nojo e repulsa tem um papel lindo na natureza: reciclar a morte! Aqueles urubus mostram que ninguém escapa da morte e que o que você hoje acredita que é importante pode se transformar em um monte de lixo de um instante para o outro, que o que é muito valioso hoje se transforma em um monte de matéria inerte onde a principal função é alimentar urubus... E ai me vem a ideia que alimentamos urubus diariamente: maus pensamentos, pessoas negativas, desmotivação, falta de espiritualidade... Largamos o que temos de melhor e deixamos apodrecer a beira mar para alimentar nossas dores e mágoas e esses urubus internos vão nos consumindo ate que não sobre sombra de vida ou de um brilho no olhar. É preciso olhar além dos olhos para entender como é belo o ciclo da vida e como cada um ousando ser o melhor em sua missão pode fazer a diferença. Enquanto o urubu consome o que não tem mais vida o mar produz uma vida atrás da outra incessantemente. O ciclo é sem fim. Dessa forma é importante jogar os lixos internos fora, tirar do peito emoções que estão em estado de putrefação, cortar “amizades” que sugam nossa vitalidade e deixar que as águas nos banhe e nos renove, porque o renascimento diário que nos leva a evoluir e crescer. Urubus são os soldados de Deus que não permitem que o mal cheiro da alma atinja a beleza da criação. Fiquem na luz Cris Gimenez

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A morte do Pardal

Adoro ouvir os pássaros cantar! Nessa época tem um sabia que fica cantando por aqui, adoro! Mas ontem e hoje não foi o canto do meu amado sabiá que me chamou a atenção, mas um pardal morto que esta na calçada aqui do espaço há dois dias. Ontem mesmo na chuva dois outros pardais estavam toda hora La, velando o corpo inerte do pássaro , quando humanos passavam eles voavam e em seguida voltavam para a mesma posição. Velando e um deles com algo no bico que deveri ser uma comida ou água para tentar reanimar o corpo inerte. Isso me levou a refletir que hoje em dia não vejo esse cuidado com o outro, nem na doença, nem na morte, nem no dia a dia. Estamos tão distantes um do o outro que esquecemos de estabelecer laços e nos fechamos em nossos mundos. Nossas relações são cada dia mais efêmeras e as decepções cada dia maiores com amizades e amores, convivemos com as pessoas e não as conhecemos, deitamos com ela e dormimos com o inimigo, abraçamos e somos esmagados pela falsidade.... Mas aqueles pássaros... Estavam ali... Debaixo de um chuva e um frio tremendo e mesmo assim não abandonaram um parceiro... E nós não só abandonamos o barco do outro no primeiro erro que ele comete como abandonamos nossa própria essência deixando com que outras pessoas nos mate aos poucos dia a dia e nossa alma vi se esvaindo e a vida vai perdendo a cor. Mas aqueles pardais não desistiram do outro, ficaram lá, naquele momento de tempestade. Porque se molhava muito um adulto, imagina um pássaro com poucas gramas... Ora ficava difícil voar com as asas todas molhadas, mas eles eram persistentes e estão lá ainda hoje. Por alguns instantes um impulso de pegar aquele pássaro morto e colocar em um jardim ou arvore próximo daqui me tomou, mas não ousei, a cena que eu via me consumia e mil coisas e cenas da minha vida passaram naquele instantes: de gente que me abandonou a deriva e de outros que me resgataram quando eu pensei que ia morrer afogada. Enfim aprendemos com tudo nessa caminhada mesmo... Quando você acha que não tem mais respostas para uma determinada questão, vem uma quarta chuvosa, um pássaro morto e mostra que em tudo, absolutamente tudo podemos aprender a dar um passo adiante....