quinta-feira, 7 de novembro de 2013
A morte do Pardal
Adoro ouvir os pássaros cantar! Nessa época tem um sabia que fica cantando por aqui, adoro!
Mas ontem e hoje não foi o canto do meu amado sabiá que me chamou a atenção, mas um pardal morto que esta na calçada aqui do espaço há dois dias.
Ontem mesmo na chuva dois outros pardais estavam toda hora La, velando o corpo inerte do pássaro , quando humanos passavam eles voavam e em seguida voltavam para a mesma posição. Velando e um deles com algo no bico que deveri ser uma comida ou água para tentar reanimar o corpo inerte.
Isso me levou a refletir que hoje em dia não vejo esse cuidado com o outro, nem na doença, nem na morte, nem no dia a dia. Estamos tão distantes um do o outro que esquecemos de estabelecer laços e nos fechamos em nossos mundos.
Nossas relações são cada dia mais efêmeras e as decepções cada dia maiores com amizades e amores, convivemos com as pessoas e não as conhecemos, deitamos com ela e dormimos com o inimigo, abraçamos e somos esmagados pela falsidade....
Mas aqueles pássaros... Estavam ali... Debaixo de um chuva e um frio tremendo e mesmo assim não abandonaram um parceiro...
E nós não só abandonamos o barco do outro no primeiro erro que ele comete como abandonamos nossa própria essência deixando com que outras pessoas nos mate aos poucos dia a dia e nossa alma vi se esvaindo e a vida vai perdendo a cor.
Mas aqueles pardais não desistiram do outro, ficaram lá, naquele momento de tempestade. Porque se molhava muito um adulto, imagina um pássaro com poucas gramas... Ora ficava difícil voar com as asas todas molhadas, mas eles eram persistentes e estão lá ainda hoje.
Por alguns instantes um impulso de pegar aquele pássaro morto e colocar em um jardim ou arvore próximo daqui me tomou, mas não ousei, a cena que eu via me consumia e mil coisas e cenas da minha vida passaram naquele instantes: de gente que me abandonou a deriva e de outros que me resgataram quando eu pensei que ia morrer afogada.
Enfim aprendemos com tudo nessa caminhada mesmo...
Quando você acha que não tem mais respostas para uma determinada questão, vem uma quarta chuvosa, um pássaro morto e mostra que em tudo, absolutamente tudo podemos aprender a dar um passo adiante....
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